CBN - Podcast - Kennedy Alencar

Para Kennedy Alencar, Dias Toffoli tentou fazer uma contenção de danos ao Judiciário, mas a decisão mancha a democracia. O ministro autorizou que o petista encontrasse familiares, mas admitiu que ele não teria tempo hábil para ir ao velório do irmão. Houve uma demora em decidir sobre autorização. ‘Não me parece que Lula seja tão perigoso ou possa falar algo tão danoso para a democracia’. Kennedy acrescenta que quando uma sociedade começa a temer atos políticos é quando a democracia morre....

Para Kennedy Alencar, a gente não pode naturalizar e normalizar as tragédias no Brasil. Não se pode tratar apenas como desastres naturais ou acidentes. A Vale vai precisar repensar o modelo de exploração e todo o modelo de segurança.

Para Kennedy Alencar, a reação ao discurso de Bolsonaro, em Davos, foi muito negativa. O discurso dele teve seis minutos e 31 segundos. Segundo Kennedy, foi uma oportunidade internacional mal aproveitada, apesar de ele ter dado o recado econômico.

A pobreza na América Latina ficou estável em 2017. No entanto, a extrema pobreza aumentou, atingindo o nível mais alto desde 2008. O levantamento foi feito pela Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe, CEPAL. Sobre o Brasil, a diretora da Divisão de Desenvolvimento Social da Cepal, Laís Abramo, disse que a extrema pobreza aumentou muito no Brasil entre 2015 e 2017. Segundo ela, certamente, a elevação está vinculada à piora do mercado de trabalho, ao aumento do desemprego e a...

Contratada como assessora parlamentar, a filha de Fabrício Queiroz trabalhava como personal trainer fora de Brasília. Para Kennedy Alencar, Nathalia também deve satisfações porque recebeu dinheiro público durante quase dois anos. Para ele, Bolsonaro está em uma situação muito desconfortável.

A atitude mostra uma incoerência da esquerda. Achar que fazer oposição a Bolsonaro tem que estar na companhia de Maduro é um erro estratégico. Isso afasta o PT de um conjunto mais amplo de eleitores e da própria história.

Ficou evidente o despreparo para lidar com questões da economia. Também há um nível de divergências na internet. Para Kennedy Alencar, todo governo procura evitar conflitos porque os problemas surgem naturalmente. Se a estratégia do governo é estimular conflito, isso pode dificultar a entrega de resultados.

O pente fino anunciado pelo novo governo é natural. Mas tem algo estranho quando a equipe de Bolsonaro, por meio do ministro Onyx Lorenzoni, diz que houve nomeações e gastos 'incomuns' nos últimos 30 dias da gestão de Temer. Afinal, houve um período de transição. E os últimos atos do governo deveriam ter sido acompanhados com lupa por quem estava entrando. Parece mais um desconhecimento da máquina pública.

Existe uma diferença de discurso ao dizer que não vai negociar com partidos, como foi feito por Bolsonaro ao longo da campanha, e a prática. Apoiar Rodrigo Maia para presidir a Câmara é uma decisão correta do PSL do ponto de vista político. Ele hoje é o favorito. Isso deve aumentar a chance de aprovar a reforma da Previdência.

Objetivo parece ser alimentar narrativa de trama contra o presidente da República. É um começo ruim, que demonstra intolerância. Grau cinco de alerta não se justifica.

A experiência do Rio de intervenção federal na segurança pública está errada e não serve como exemplo para o resto do Brasil. O próprio general Braga Netto admitiu que eles agiram no improviso no Estado fluminense.

Supremo tem agido politicamente. Dias Toffoli tem um problema grave em mãos. Solução mais sensata seria de que a decisão viesse de quem está acima do ministro, que é o plenário.

O presidente eleito Jair Bolsonaro falou em aprofundar a reforma trabalhista. Especialistas dizem que a matéria, do jeito que está em vigor, já é bastante benéfica para o empregador. O texto em vigor, inclusive, já dificulta para o trabalhador questionar na justiça eventuais danos aos direitos trabalhistas.

O presidente eleito tinha, sim, que conversar com os partidos. Sem negociar com as siglas, fica tudo muito difícil. No momento em que Bolsonaro dá para a Tereza Cristina, por exemplo, o Ministério da Agricultura, isso é uma negociação política. Dizer que não vai negociar é discurso de marketing na campanha, em que se vende uma ilusão. Fato é que o dia a dia impõe uma rotina. O toma lá dá cá explícito, automático, em troca de nomeação, por exemplo, é indevido e é ruim mesmo. Mas negociar é...

Prisão de um governador no exercício do cargo é muito grave. Para tomar essa decisão, a Justiça tem que estar muito segura do que está fazendo. O caso de Luiz Fernando Pezão tem que ser investigado, e não podemos esquecer que a corrupção é endêmica no Brasil - reflexo de uma sociedade desigual, com a elite tentando abocanhar recursos.

O presidente eleito antes falava que seu governo teria 15 ministérios, e já chegou a 19 nomes. Ele parece começar a ceder à realidade das coisas. E colocar esporte e cultura dentro de um ministério só - no caso o de Cidadania - é dar a eles uma posição menor do que merecem num país como o Brasil.

Nesta terça-feira, o deputado, filho do presidente eleito Jair Bolsonaro, voltou a fazer uma declaração que já tinha criado muita controvérsia por parte do pai. Ele disse que a embaixada do Brasil em Israel vai mesmo mudar de Tel Aviv para Jerusalém. Com isso, ele atropela, e de modo inusual, a relação entre os países. Se comporta como uma sombra. É negativo para a política externa brasileira, pois este tipo de anúncio cria arestas com os países árabes.

Desde a redemocratização, no final dos anos 1980, isso não é visto no Brasil. Agora, o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) escolheu o general Santos Cruz para a Secretaria de Governo, que é estratégica e responsável pela articulação do Planalto com o Congresso. Me parece que uma coisa não tem muito a ver com a outra. O Bolsonaro está inovando, de repente, dá certo.

O presidente Michel Temer recebeu uma avaliação realista do ministro da Saúde Gilberto Occhi. Esta avaliação dá conta de que, apesar do edital lançado para contratação emergencial de mais de oito mil médicos, será impossível repor todos os profissionais no lugar dos cubanos que deixarão o programa até o final do ano. Há uma ideia de tentar convencer o presidente eleito Jair Bolsonaro a recuar do rompimento do contrato com Cuba, ao menos pelo período de um ano.

Futuro ministro da Justiça está levando para o ministério em Brasília parte da equipe e infraestrutura da Operação Lava-jato, que tem sede em Curitiba. E o governo do presidente eleito Jair Bolsonaro vai ganhando uma cara. A intenção dele é fazer todas as indicações até o final do mês.