CBN - Podcast - Mara Luquet

Pesquisa da CNDL e do SPC Brasil, em parceria com o Banco Central do Brasil indica que, de 2017 para 2018, o número de pessoas que têm controle sobre o orçamento saiu de 52% para 63%. Isso é uma boa noticia pois essas pessoas conseguem saber quanto ganhar e quanto gastar. Mas ainda temos uma em cada três pessoas que não faz controle algum. Dado mais preocupante de toda a pesquisa é que 7 em cada 10 brasileiros afirmam que, nos últimos 12 meses, gastaram mais do que ganham.

Em 2009, a economia caiu. Os juros eram de 13,5% ao ano, praticamente o dobro do que se tem hoje, com 6,5% de juros. Isso faz lembrar como era fácil a vida do investidor de renda fixa. O dólar teve uma valorização de 50%. A bolsa estava em 39 mil pontos, hoje se fala em 96 mil pontos.

A Letra Imobiliária Garantida é um título de renda fixa que os bancos emitem para financiar o setor imobiliário. Para se interessar mais pela LIG do que pela LCI, a taxa tem que ser muito melhor. O risco é o mesmo, o produto é muito parecido, mas a liquidez é diferente.

Em alguns casos, nem sempre a Previdência Privada é a melhor opção. O ideal é fazer comparações da rentabilidade e dos objetivos de investimento.

Bancos começaram a anunciar taxa zero para investimentos no tesouro direto e apostar um pouco mais em publicidade. Em novembro, houve um auge com mais de 30 mil novos investidores.

Para Luiz Gustavo Medina, a decisão é muito difícil e até individual. Quando você investe em imóveis, você ganha dinheiro com uma provável valorização e com ele estar bem alugado. Não foge muito disso. Já o fundo imobiliário te permite uma diversificação maior. Você pode investir em uma série de coisas e há a liquidez. É mais fácil se desfazer de um fundo do que de um imóvel.

Luiz Gustavo Medina destaca que é importante prestar atenção no quanto é cobrado de taxa de administração. Essa taxa tem peso, muitas vezes, decisivo no quanto vai render o dinheiro. Independente da modalidade é importante ficar atento. A taxa de administração é cobrada sobre o montante e não sobre investimento.

O resultado é uma combinação de fatores. O mercado externo está mais calmo e também há um otimismo com a equipe econômica.

São mais de 50 milhões de cadernetas de poupança no Brasil, com quase R$ 800 bilhões investidos. O ano de 2018 foi um ano positivo de captação.

É o caminho natural para todos os investidores. Os anos de 2017 e 2018 já demonstraram que as pessoas abandonaram um pouco renda fixa e foram em busca de outras modalidades. O Tesouro Direto continua sendo uma ótima alternativa, apesar de conservador.

Se for um bom ano para a economia, o que parece ser, é natural que o preço dos imóveis subam e se valorizem. Entretanto, talvez não valha a pena comprar um imóvel e colocá-lo para alugar. O risco não compensa o tamanho do rendimento da operação. Mas a escolha tem que ser feita pensando em como funciona melhor para cada investidor.

Os números ainda não são ideais. Mas o importante é perceber que as pessoas vão, aos poucos, se conscientizando de que é preciso economizar dinheiro. Os percentuais estão melhorando ao longo dos anos. Por isso, é uma boa notícia, sem dúvida.

É importante prestar atenção na rentabilidade do investimento. Se a sua opção rendeu menos de 6% ou 6,5%, há outras melhores.

Principais vetores internos estão de pé e estarão mais fortes em 2019. Taxas de juros baixas e Selic em 6,5% são incentivos para que as pessoas migrem para investimentos mais arriscados.

A expectativa é que a moeda americana não suba muito mais do que 10%, se é que vai subir. É preciso ficar de olho e verificar se Bolsonaro vai conseguir tirar do papel as medidas que promete implementar.

Cenário econômico com juros baixos, que deve permanecer ao longo de todo o ano, permite que o investidor procure produtos com mais riscos do que a renda fixa e o Tesouro Direto.

Existem três tipos de Tesouro: Selic, que acompanha a taxa de juros, e é o que menos rende, mas você pode sacar o dinheiro sem correr o risco de perder. Tesouro IPCA é indexado à inflação. Já o prefixado é o mais interessante nesse momento. Quando você compra esse título,você garante a rentabilidade apresentada em qualquer cenário.

Embora vários fatores, como os juros baixos, nos levassem a acreditar que este seria um bom ano para esse tipo de investimento, faltou a economia crescer. Para 2019, a esperança é que a tão falada recuperação chegue com a entrada de um governo com mais gás para fazer reformas.

Evandro Buccini, Economista chefe da Rio Bravo, afirma que, ao decidir comprar dólares, você precisa acertar o movimento da moeda, que foi o que aconteceu esse ano. Começo de 2019 ainda será incerto, mas a tendência é de valorização do real, então não seria bom comprar a moeda norte-americana.

Felipe Miranda, economista da Empiricus, tira dúvidas sobre investimentos em ações. Em sua avaliação, com o juro baixo, devemos estimular a migração da renda fixa para a variável. Mas existem outras variáveis que temos que contemplar. "Há uma ressalva sobre o cenário internacional. O mundo é que nos impõe maior ameaça nesse momento", afirma.