Paracatu Rural - Jornal do Agronegocio

Em outubro do ano passado, o Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) divulgou a lista dos 100 municípios que mais geram riquezas com o agro em todo o Brasil. Os dados são referentes ao ano de 2023. A cidade de Coromandel, no Alto Paranaíba, em Minas Gerais, aparece na posição 97, com mais de R$1,2 bilhão gerados. O município, que tem 28 mil habitantes, aproximadamente (Censo 2022), tem como principais culturas o café, o milho, e a soja.

Uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional dos Transportes (CNT) no fim de 2023, indicou que 7,5% das rodovias brasileiras têm sua extensão classificada como regular, ruim ou péssima, enquanto 32,5% foi classificada como ótima ou boa. A pesquisa mostra que a falta de qualidade da pavimentação das rodovias impacta no preço do frete e, consequentemente, no preço dos produtos para o consumidor final. O estudo mostra que as rodovias públicas, que representam 76,6% da extensão pesquisada naquele ano, apresentam percentuais maiores de avaliações negativas (77,1%). Já entre as rodovias concessionadas, que representam 23,4% da extensão pesquisada em 2023, 64,1% da extensão da malha foram classificadas como boa e ótima.

De acordo com levantamento divulgado pela revista “Forbes”, o volume de fretes rodoviários do agronegócio teve aumento de 21,4% no quarto trimestre de 2023 no Brasil, em comparação ao mesmo período de 2022. Os dados foram coletados pela Frete.com, maior plataforma online de transporte de cargas da América do Sul. O setor agro representa 34% dos fretes publicados na plataforma. Entre os produtos do agronegócio, a soja, milho e fertilizantes foram os mais representativos.

Os produtores de arroz que arremataram lotes nos leilões de Contrato de Opção e quiserem antecipar a venda do produto têm até esta sexta-feira (25 de abril) para exercerem o direito de entregar o grão à Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Essa negociação com a estatal é realizada por meio das Bolsas de Mercadorias participantes das operações. Assim, os agricultores interessados na antecipação devem entrar em contato com a corretora que os representaram nos leilões.

A deputada federal Daniela Reinehr (PL/SC) apresentou o Projeto de Lei 1294/2025, que prorroga o prazo para o georreferenciamento de imóveis rurais, exigido pela Lei nº 10.267/2001. A iniciativa visa evitar penalidades e garantir que os produtores não sejam prejudicados por prazos apertados e altos custos desse processo. Em entrevista ao jornalista Estêvão Damázio, da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), a parlamentar defendeu a realização da audiência pública que irá tratar do Cadastro Ambiental Rural (CAR) e o Georreferenciamento de Imóveis Rurais.

Em sua última divulgação o IBGE publicou os dados da captação industrial de leite referentes ao 4º trimestre de 2024, consolidando o volume total captado no ano e apontando tendências importantes sobre os rumos do processamento de leite no Brasil.

O leiloeiro Moacir Naves relata que a segunda quinzena de abril segue o movimento de recuperação de preços para os bovinos, em especial para o bezerro nelore. A arroba foi negociada, no Noroeste de Minas e Alto Paranaíba, em torno dos R$370. Ele ressalta, no entanto, que não é momento para euforia e que as demais raças de animais não apresentaram valorizações tão expressivas quanto.

Vlamir Brandalizze faz um balanço sobre as exportações das carnes brasileiras ao longo do mês de abril, que seguem a tendência de alta e de recorde nos embarques. Em relação ao mercado doméstico, espera-se um aumento na demanda pelas carnes bovina e suína após o período da quaresma.

Vlamir Brandalizze faz um balanço sobre a atual situação do mercado do feijão e a situação da colheita da primeira e da segunda safra. Em relação aos preços, a esperança de leve melhora ao produtor fica por conta das reposições que devem avançar na virada do ano.

A safra gaúcha de arroz está com a colheita praticamente encerrada. No entanto, uma situação preocupa os produtores daquela região. Cerca de 30% dos grãos colhidos serão destinados à parbolização, já que não atingiram qualidade suficiente para serem comercializados inteiros. Vlamir Brandalizze também destaca a situação do cereal produzido no Paraguai. Fortemente comercializado no Brasil, a produção paraguaia deve chegar a solo brasileiro apenas no segundo semestre deste ano. As cotações baixas devem forçar os produtores daquele país a negociarem com a Europa.

Vlamir Brandalizze destaca que as atuais movimentações no mercado brasileiro de trigo são apenas pontuais. Enquanto isso, os produtores seguem indecisos quanto ao plantio da nova safra. Se por um lado os últimos anos foram desanimadores, a perspectiva é que em 2025 o cereal, além de ser uma boa alternativa para palhada, deve ter valorização de até R$300 por tonelada em relação à 2024.

O otimismo voltou a tomar conta das projeções envolvendo a safrinha de milho do Brasil. Vlamir Brandalizze explica que as chuvas recentes nas principais regiões produtoras e a previsão de novas precipitações fazem as estimativas voltarem para a casa das 100 milhões de toneladas.

O mercado da soja tem mostrado calmaria ao longo da segunda quinzena de abril. No cenário internacional, as incertezas seguem quanto ao “tarifaço” de Trump. Já no Brasil, Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting, projeta que a reta final do mês deve ser de leve queda nas cotações. Isso porque os produtores têm vendido mercadoria mais barato em meio à necessidade de fazer caixa.

Um dos temores dos produtores rurais espalhados pelo Brasil é ter sua propriedade como alvo do “abril vermelho”, movimento criminoso que tem intensificado a invasão de terras privadas em todo o país. O consultor da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Rodney Miranda, conversou com o jornalista Estevão Damázio e comentou como o produtor rural deve proceder para evitar ou recuperar áreas invadidas.

Até o momento, as tarifas globais de Donald Trump pouco têm impactado o mercado do milho, tendo em vista a alta demanda e os vários fornecedores mundiais do cereal. Sendo assim, o movimento nas bolsas se limita aos tradicionais fundamentos. O agente autônomo de investimentos, João Santaella Neto ressalta que as cotações para o grão ficaram em baixa na Bolsa de Chicago. Os principais motivos foram o avanço do plantio nos Estados Unidos e a projeção no aumento dos estoques globais.

O presidente do IBRAFE, Marcelo Lüders, analisa o cenário delicado pelo qual passa o feijão preto neste momento. Segundo ele, é importante que os produtores se informem e não vendam imediatamente seus estoques. A Conab, após pedido do próprio IBRAFE, tem se organizado para que remessas do grão sejam compradas pelo governo como forma de garantir o preço mínimo ao produto. Lüders ainda alerta que, ignorar a atual situação do feijão preto, pode desestimular o plantio ao longo do ano, fazendo com que em 2026, haja uma grande inflação sobre a variedade.

O mercado do feijão carioca passa pelo mês de abril em calmaria. As gôndolas se encontram abastecidas e as movimentações mais intensas devem acontecer apenas daqui a algumas semanas. O presidente do IBRAFE, Marcelo Lüders, projeta que a segunda safra do carioca deve ser bem menor que a de 2024, o que pode trazer um impacto nas cotações muito em breve.

O economista Haroldo Bonfá, da Pharos Consultoria, destaca que as especulações sobre o clima brasileiro seguem pautando as discussões entre os investidores das ações de café na bolsa. Bonfá também fala sobre a possibilidade de a safra de arábica ser antecipada em meio às condições atuais das lavouras.

A semana de 14 a 18 de abril para o mercado do algodão foi de reajuste após a sinalização de que pode haver um diálogo entre Estados Unidos e China pela pluma. No Brasil, Lício Pena, diretor-executivo da Associação Mineira dos Produtores de Algodão (AMIPA), destaca que os cotonicultores estão focados em vendas pontuais e, principalmente, acertos de contratos futuros, como forma de garantir bons preços para a produção.

MERCADO DO CAFÉ by Francys de Oliveira