
A Beleza das Pequenas Coisas
Storytelling Podcasts
Conversas conduzidas por Bernardo Mendonça com as mais variadas personagens que contam histórias maiores do que a vida. Ou tão simples como ela pode ser
Location:
Portugal
Genres:
Storytelling Podcasts
Description:
Conversas conduzidas por Bernardo Mendonça com as mais variadas personagens que contam histórias maiores do que a vida. Ou tão simples como ela pode ser
Language:
Portuguese
Contact:
963180289
Episodes
Maria José Campos (Parte 1): “Continua a haver muitas pessoas com medo de fazer o teste de VIH por causa da discriminação. Esse silêncio mata”
12/1/2023
Maria José Campos é um dos nomes mais incontornáveis no apoio às pessoas infectadas com VIH em Portugal desde os anos 80 quando dava consultas no Hospital Egas Moniz, onde estavam internadas as primeiras pessoas doentes com o vírus. Fez parte da fundação da Associação Abraço, depois da ILGA, e foi coordenadora científica do Check Point LX. Até abril deste ano, altura em que se reformou, dava consultas de infectologia no Hospital de Egas Moniz, em Lisboa. No Dia Mundial da Luta Contra a SIDA a médica faz o retrato da situação atual e dos últimos 40 anos e alerta para o perigo do estigma, do medo e da ignorância que ainda mata e exclui. E, no final desta primeira parte, é surpreendida com uma áudio comovente da atriz e ativista trans Jó Bernardo
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Duration:01:04:58
Maria José Campos (Parte 2): “Acredito que nas próximas eleições as pessoas vão decidir bem. E não vão dar espaço a uma direita racista, homofóbica e sem qualificação, num ataque à democracia”
12/1/2023
Na segunda parte desta conversa, Maria José começa por falar da amizade e do tanto que aprendeu com Jó Bernardo sobre a comunidade trans. Recorda ainda como começou no ativismo e se tornou aliada e cúmplice da comunidade LGBTQIA+ e recusou “as plumagens” da ribalta. E se teve uma fatura profissional e pessoal por ser uma mulher contra um certo sistema, numa sociedade e classe profissional que considera ainda muito “conservadora”, “castradora” e “masculinizada”, sublinha o tanto que aprendeu e o mundo que ganhou com as comunidades da margem. E volta a comover-se com um novo áudio, desta vez de Ricardo Fuertes, técnico nas áreas do VIH e dependências, que aqui conta outros lados seus e deixa-lhe uma pergunta de boa reflexão. E há ainda espaço para se falar de sexualidade, sem culpas e vergonhas, e da importância de levar esse tema sem preconceitos seja à mesa com amigos ou nas consultas médicas. Maria José revela aqui que aos 68 anos, depois de sair de cena do mundo da medicina, está a aprender a nadar, a falar italiano e, imagine-se, bordado japonês. E como não podia faltar, traz-nos música e literatura. As suas escolhas literárias são: “Puta feminista” de Georgina Orellano, e “O Negócio da Saúde - como a medicina privada cresceu graças ao SNS”, de Bruno Maia. Boas escutas!
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Duration:01:03:58
Ana Moura (parte 1): “Engavetar uma artista é matá-la. Até porque não somos só uma coisa a vida inteira. Estamos em constante transformação”
11/24/2023
Ela é uma das artistas portuguesas mais internacionais, e mais surpreendentes, que melhor refletem este tempo, sem esquecer o passado e as raízes africanas, que leva o fado na rouca voz e no coração uma janela escancarada para o mundo, e para tantas outras sonoridades. Em 2022, Ana Moura ousou desarrumar os móveis de casa, e limpar o pó às expectativas dos outros, libertando-se das caixinhas onde a tinham arrumado, para lançar “Casa Guilhermina”, com Pedro da Linha, Pedro Mafama, Conan Osíris, entre outros. E apresenta agora o novo single “Lá vai ela”, onde canta a nova fase de dona e senhora da sua música e da sua vida. E aqui chega a trautear em exclusivo um semba de Bonga que cantava na infância. Boas escutas!
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Duration:00:56:49
Ana Moura (parte 2): “A comunidade 'queer' tem-me ensinado muito sobre autoestima, porque enfrenta desde sempre dificuldades na vida, e olhares pela janela, e conseguem ainda assim manifestar amor. É de enorme grandeza”
11/24/2023
Na segunda parte desta conversa, Ana Moura responde a Selma Uamusse, fala da maternidade, da importância da família, das suas raízes africanas, que ela leva para a sua música, comenta sobre os olhares preconceituosos de algumas pessoas sobre os seus, e recorda e celebra Prince e Sara Tavares. E é ainda surpreendida pelos testemunhos dos músicos Herlander e Rita Dias, que juntam outras questões para a conversa. Ana Moura revela também como a comunidade ‘queer’ a tem "ensinado muito sobre autoestima", mesmo apesar das dificuldades na vida, e olhares pela janela, "e conseguem ainda assim manifestar amor. É de uma enorme grandeza." E ainda há lugar para Ana revelar o que anda a ler e as músicas que a acompanham e inspiram. Isto e muito mais…
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Duration:01:02:21
Cláudia R. Sampaio (parte 1): “Na poesia vou a sítios muito obscuros. É como estar à beira de um precipício, quase a cair, e ficar nessa vertigem. Viver é uma vertigem”
11/17/2023
Cláudia R. Sampaio é das poetas mais necessárias e marcantes da contemporaneidade. A sua poesia é desassombrada, torrencial, por vezes crua e em carne viva, com fúria, fogo, cinza e lava, delírio, abismo e subversão. A autora escreve até às entranhas e nunca se furta a expor as dores, a experiência da doença mental e a lucidez perante si, os outros e o mundo. A obra mais recente é a antologia “Já Não Me Deito em Pose de Morrer”, da coleção “Elogio da Sombra”, da Porto Editora, com curadoria de Valter Hugo Mãe. Um livro tesouro que contém relíquias poéticas de Cláudia, que é também pintora e está ligada ao projeto “Manicómio”. Uma vez quiseram-na louca, como escreveu num poema, mas maior loucura estará em quem não a ler e escutar. No final desta primeira parte, o escritor Valter Hugo Mãe deixa um retrato sobre Cláudia, e junta uma pergunta que vai fundo na poeta.
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Duration:01:31:33
Cláudia R. Sampaio (parte 2): “Talvez o medo que tenha seja de mim própria. Medo de falhar aos outros, do dia de amanhã e do estado do mundo. Sou muito lúcida”
11/17/2023
No arranque desta segunda parte, Cláudia responde a uma pergunta do escritor Valter Hugo Mãe. E discorre sobre alguns dos medos que ainda vivem em si. Mais à frente, é surpreendida por mais um retrato aúdio, sobre si, pela também poeta Raquel Nobre Guerra, que é amiga íntima e a compara a uma romã, de uma forma muito bela, certeira e poética. Raquel lança-lhe também algumas achas para a fogueira das questões que ardem em acesas respostas. E ainda há espaço para a música e para a leitura de dois dos seus poemas preferidos: “O Poeta em Lisboa”, de António José Forte, e “Homens que São como Lugares Mal Situados”, de Daniel Faria.
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Duration:01:04:40
Beatriz Gosta (parte 1): “Um pseudo-humorista chamou-me puta, porque sou uma mulher livre. Dá dó. Acordem, não é ofensa uma mulher ser dona do corpo e da vontade”
11/10/2023
Ela é sempre um acontecimento. Através do humor faz cheque-mate a pessoas machistas, retrógradas, conservadoras ou pudicas. Chama-se Marta Bateira, mas tornou-se conhecida em 2015 no Youtube como Beatriz Gosta, um alter ego de língua solta, sotaque orgulhoso do norte, sexualmente livre e empoderada, de carisma do outro mundo, que chegou rapidamente à rádio e à televisão. Foi também para acontecimentos destes, de 'Beatrizes' que metem o pé na porta e ocupam o espaço público, a reivindicar igualdade de direitos e a assumir tanto os seus desejos, como os desafios e cansaços da gravidez e da maternidade, que se fez o 25 de Abril. Em 2023, Beatriz Gosta estreou novo espetáculo, “Resort”. Espécie de sonho com pulseirinha e bar aberto perante uma realidade que a tem virado do avesso. Oiça aqui a primeira parte da entrevista.
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Duration:00:46:40
Beatriz Gosta (parte 2): “No hotel, depois de um show de sucesso, palmas, ‘selfies’, adrenalina, ligas a TV, róis um chocolate e bate aquela solidão. Sentes falta de partilhar”
11/10/2023
Na segunda parte desta conversa, Marta Bateira começa por falar da melancolia e solidão de uma artista ao chegar ao hotel sozinha, após um espetáculo com casa cheia. “No hotel, depois de um show de sucesso, palmas, ‘selfies’, adrenalina, ligas a TV, róis um chocolate que trouxeste do camarim e bate aquela solidão. Sentes falta de partilhar aquilo com alguém.” E revela o lado desafiante das relações amorosas, quando se é independente e se criou “uma casca grossa”. E ainda há tempo para se discutir a fundo machismo tóxico e sexismos, a crise na Habitação, política e até o prazer e a sexualidade saudável, com muito humor, sem falsos pudores, numa conversa muito 'hilária' e desarrumada.
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Duration:01:12:30
Nelson Nunes (parte 1): “Escrever pode ser uma finta à morte, sabendo que ela vai ganhar. No amor e no humor há esse adiamento da morte. É bom falarmos e rirmos dela”
11/3/2023
Em 2019, Nelson Nunes escreveu o primeiro romance “Preciosa”, onde contou, entre a realidade e a ficção, a história de violência doméstica que ele e a sua mãe sofreram. Este mês o escritor lança novo livro, sobre um dos grandes temas da literatura que mais inquietam a Humanidade: a morte. Chamou-lhe “Enquanto vamos sobrevivendo a esta doença fatal”, publicado pela Zigurate, e, com rigor e investigação, disseca o tema e vai fundo nos seus ângulos mortos, com as perspectivas de quem viveu grandes perdas, quem pensou no suicídio, na eutanásia, ou recebeu uma sentença de morte. “Perante a morte, se nos rirmos um bocado dela, estamos a ganhar, sabendo que vamos perder daqui a um tempo.” Nelson chega a ler um excerto do seu livro e, no final desta primeira parte, é surpreendido com um áudio e uma pergunta do escritor e dramaturgo Rui Cardoso Martins.
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Duration:01:01:28
Nelson Nunes (parte 2): “Não tomamos bem as rédeas do nosso tempo. Por isso, na mesa onde escrevo, tenho uma folha a dizer 'não'. Para tudo o que não é importante”
11/3/2023
No arranque desta segunda parte, Nelson responde ao escritor e dramaturgo Rui Cardoso Martins. E faz o exercício de imaginar as suas últimas palavras em vida. E perante outro desafio, de Carlos Vaz Marques, o seu editor na Zigurate, a que chama de “fera”, revela o título original deste seu novo livro que não foi do agrado de Carlos. E ainda fala do sentido de urgência com que vive, o gatilho que o leva a escrever, a importância de uma boa relação com um editor, e como se imagina no futuro que aí vem. O escritor dá também a sua perspetiva sobre os desafios do amor em tempos de Tinder, fala do sobressalto da guerra e, mais à frente, dá a conhecer as músicas que o acompanham, e lê um excerto da obra “A Morte do Pai”, de Karl Ove Knausgard, um dos seus escritores preferidos. Boas escutas!
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Duration:01:10:18
Maurício de Sousa (parte 1): “A vida é feita de fado, samba e rock and roll. Se sou uma rock star da BD? Não tenho tanta preocupação em me colocar num pedestal. Sempre estive do meu tamanho”
10/27/2023
Ele é um dos maiores ícones da banda desenhada mundial, a par de Walt Disney, Hergé, Quino ou Hugo Pratt. Maurício de Sousa é o pai da Mônica, Magali, Cebolinha ou Cascão e desde os anos 60 que as personagens de “A Turma da Mônica” são referência de várias gerações e responsáveis pela alfabetização de milhões de pessoas no Brasil. A sua BD já vendeu mais de um bilhão de revistas em mais de 40 países - de Portugal à Indonésia ou Japão. Agora, aos 88 anos, o cartunista e escritor Maurício de Sousa afirma ter pressa de viver e fazer, e as suas histórias estão no teatro, no cinema, na TV, no Youtube ou em exposições de arte. De visita a Portugal para a mostra “Mônica 60 anos - sempre fui forte”, que estará até 29 de outubro na 34ª edição da Amadora BD, em Lisboa, prepara-se para em 2024 ver adaptada a vida ao grande ecrã. E meio a sério, meio a brincar, afirma: “Quero ganhar um Óscar, claro!” No final da primeira parte, Maurício é surpreendido com um testemunho da filha Magali...
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Duration:01:00:40
Maurício de Sousa (parte 2): “O sentido da vida é fazer com que as pessoas ao nosso lado estejam felizes. Tenho pressa, quero ter mais tempo para entender, ouvir, ler, viver, e chegar a mais mundos com ‘A Turma da Mônica’”
10/27/2023
Esta segunda parte arranca com emoção e memória, com Maurício de Sousa a recordar a infância da comilona filha Magali, que deu origem à famosa personagem viciada em melancia, que tem um gato chamado Mingau. Aqui ficamos a saber que o verdadeiro gato tinha outro nome e outras curiosidades. Num percurso com tanto sucesso, como Maurício se relacionou durante o seu caminho com a falha e o momento de quase falência? E como é ganhar tantos anos de vida, mantendo a curiosidade, a vontade de inovar, aprender e de estar em contacto com a infância? É esse o segredo da juventude? Maurício responde nesta segunda parte do podcast, é ainda surpreendido pelos testemunhos do filho Mauro (que representará a vida do pai no cinema) e do ilustrador Vitor Cafaggi. E haverá espaço para a música, e para ouvir o vozeirão de Maurício que nos surpreende a trautear o tema "Granada". Boas escutas!
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Duration:00:52:15
Filipe Sambado (parte 1): “Não grito no café ´Sou uma pessoa não binária! Tratem-me pelos pronomes certos!’ Gostamos é que nos tratem bem e que possamos ver a bola juntos”
10/20/2023
Se há artistas que são constante reinvenção, metamorfose e faísca musical, Filipe Sambado faz parte dessa constelação, com um lugar bem firmado na pop nacional. No seu novo quarto álbum de originais "Três Anos de Escorpião em Touro", Filipe Sambado volta a surpreender e revela-se num registo mais intimista e melancólico depois da experiência da pandemia e de várias mudanças: a reafirmação de género enquanto pessoa não binária, os desafios de ser “pai ou papita” da filha Celeste, junto com a ansiedade e depressão. E aqui se revela, sem interesse em pedestais. “Não me sinto corajosa. Tenho muito medo no geral. Mas percebo que para fazer certas coisas tenho de o enfrentar.” Qual o poder de uma canção? “Ouvirmos o que estávamos a precisar de compreender e não conseguimos explicar. E pode ter o valor de uma dança.”
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Duration:01:03:01
Filipe Sambado (parte 2): “Gostaria que as minhas músicas fossem ‘hits’, preocupo-me em chegar ao público, mas quando faço uma canção quero é sentir que chega a um ponto de sublime”
10/20/2023
No arranque da segunda parte deste podcast, Cecília Henriques, companheira de Filipe, deixa-lhe um testemunho de amor apaixonado e arrebatador, do interior de uma casa de banho. E coloca-lhe uma pergunta de resposta complexa. E aqui é recordado o início desta história de amor que tem várias nuances, sempre pontuada com muito humor. E ainda se fala dos desafios da paternidade e de uma relação amorosa longa, de saúde mental e como Filipe olha para o futuro e para o espelho retrovisor do passado. Como habitual, ainda há espaço para mais música e para a poesia.
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Duration:00:58:54
Catarina Vasconcelos (parte 1): “Faço filmes porque a minha mãe morreu e porque quero ter muitas vidas dentro desta. Filmar é viver mais e espreitar muito”
10/13/2023
Com a sua primeira longa-metragem, “A Metamorfose dos Pássaros”, de 2020, a cineasta Catarina Vasconcelos já passou por mais de 70 festivais, depois de duas dezenas de distinções, nomeadamente o “Fipresci” da crítica do Festival de Berlim ou o prémio de melhor realização no IndieLisboa, e recebeu 4 troféus nos prémios Sophia. Esta obra, entre a realidade e a ficção, sobre a sua mãe e a sua avó, que partiram cedo demais, soma mais de 15 mil espectadores em sala, além das plataformas de streaming. A fasquia está alta e o futuro a Catarina pertence, que após a curta “Nocturno Para uma Floresta”, prepara nova longa sobre a relação das pessoas com a morte e aqui desvenda mais sobre si e o seu cinema.
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Duration:01:12:34
Catarina Vasconcelos (parte 2): “Eu leio poesia e sou romântica e a Cláudia lê ciência e acha que o amor romântico é uma seca. O amor e a liberdade podem tudo”
10/13/2023
Na segunda parte desta conversa, Catarina responde à questão surpresa colocada pela sua companheira, a cineasta Cláudia Varejão, sobre como vê neste momento a cidade de Lisboa. O que a inquieta, preocupa e estimula? E como olha Catarina para o nosso país 50 anos depois do 25 de Abril? E o que importa reconstruir, desconstruir e fazer nos próximos 50 anos para vivermos numa sociedade com menos desigualdades, ódios e 'ismos'? Neste episódio, há ainda espaço e tempo para falarmos sobre amor, humor e sobre a sua fé, nos outros, na arte e na natureza. E há ainda lugar para a poesia e para a música que a acompanha.
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Duration:01:05:19
Manuel Beja (parte 1): “No futebol masculino e nas empresas portuguesas não conheço pessoas LGBT fora do armário. A visibilidade é importante e tem valor político”
10/6/2023
Manuel Beja entrou este ano a bordo do voo da agenda mediática enquanto chairman da TAP, uma viagem cheia de turbulências provocada pelo despedimento de Alexandra Reis, ex-administradora da TAP. A aterragem foi imprevista, já que o Governo decidiu demiti-lo, com “justa causa”. Nesta primeira entrevista após a demissão, o gestor afirma que “não há justa causa”, elogia Pedro Nuno Santos, avisa que o Estado deve manter posição relevante na privatização da companhia aérea e admite entrar com um processo de indemnização. O gestor recorda ainda as insinuações veladas que o Chega lhe fez na Comissão de Inquérito, o momento em que referiu o seu marido, afirma a importância da visibilidade LGBTQIA+ na sociedade e em cargos de topo nas empresas, e alerta para os perigos da extrema direita. “Espalham o ressentimento, promovem uma regressão civilizacional, fomentam a divisão, o ódio e a falta de solidariedade contra ciganos, estrangeiros, refugiados, contra quem tem uma religião diferente da sua, contra tudo aquilo que é humano mas não é igual a eles próprios”.
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Duration:00:52:00
Manuel Beja (parte 2): “Iniciei a adoção do meu filho no Brasil, onde vivi. O Guilherme veio para casa com um ano e um mês. Tornou-me mais feliz e completo”
10/6/2023
Na segunda parte deste episódio em podcast, o gestor Manuel Beja começa por responder a duas perguntas colocadas pela presidente da ILGA, Ana Aresta, fala dos desafios do ativismo, e o que os pode levar a estar à beira de um ataque de nervos, comenta a realização pessoal que a paternidade lhe trouxe, e recorda o ano mais feliz da sua vida quando, há 20 anos, adotou o seu filho Guilherme, no Brasil. Manuel Beja conta ainda a forma como celebrou com uma grande festa os seus 50 anos, os fantasmas e inquietações que atualmente o acompanham, e revela também alguns dos seus prazeres, que incluem o vólei, o pádel e o ciclismo. E ainda nos dá a conhecer as músicas que o acompanham e dois poemas com que se identifica.
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Duration:01:08:51
Laborinho Lúcio (parte 1): “Gostaria que a Igreja estivesse preparada para desocultar a sexualidade dos padres e acabasse com a castidade”
9/29/2023
Foi ministro da Justiça na década de 90, quando Cavaco Silva era primeiro-ministro, e é atualmente juiz conselheiro jubilado do Supremo Tribunal de Justiça e escritor. Autor de quatro romances, publicou em 2022 “As Sombras de Uma Azinheira”, sobre o confronto de um país antes e depois da revolução. Nesta conversa em podcast, Laborinho Lúcio, deixa um olhar crítico sobre o estado da Justiça em Portugal e após integrar a Comissão Independente para o Estudo dos Abusos Sexuais de Crianças na Igreja Católica, reflete sobre o que falta fazer para haver uma efetiva mudança numa certa cultura de silêncio e ocultação
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Duration:00:57:10
Laborinho Lúcio (parte 2): “Tenho 81 anos e o meu desejo é demorar o máximo tempo possível a estar velho. A vida é fantástica, cabeçada aqui e ali, e tenho pena que acabe”
9/29/2023
Na segunda parte desta conversa, Laborinho Lúcio começa por responder a uma pergunta do jurista e político Guilherme d´Oliveira Martins e faz-se justiça ao homem que é atualmente, acima de tudo, um escritor com quatro obras de ficção publicadas. Começou a escrever já depois dos 70 - a provar que podemos ter várias vidas nesta vida, e que podemos reinventar-nos em qualquer idade. E sobre si afirma que “é um jovem romancista com um grande futuro atrás”. E ainda fala dos desafios da Educação e da Inteligência Artificial, revela as músicas que o acompanham, lê um poema de Natália Correia para celebrar o centenário do seu nascimento, e recorda o momento em que a escritora e poeta o chegou a ‘expulsar’ do bar “Botequim”. Boas escutas!
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Duration:01:16:58